08 abril 2005

Questão de casa de banho

Ó Manela, tu nem me fales!... Os homens são inconfundíveis naquele resmungar de chega para lá porque estamos a ocupar espaço na casa de banho deles. Mesmo que tenham o dobro do nosso tamanho e sobretudo, da nossa largura, nunca é o rabo descomunal deles que está a impedir a passagem entre o lavatório e a sanita, não!... Nós é que temos sempre a triste ideia de estar na casa de banho quando eles lá querem estar.

Ai Manela e aquele arrepio que lhes salta dos olhos quando lhe vemos a pilinha enquanto estão a urinar ou a lavá-la no lavatório ou no bidé, como se a virilidade se esvaísse pelas nossas vistinhas...

E nem pensar em fazer da casa de banho um local de alegre convívio como os romanos eloquentemente faziam nas suas casas de banho públicas que isso é mesmo um crime de lesa-pátria. Não os imaginas logo Manela, a balbuciar e a grunhir até rebentarem no fatal «Não vês que me estás a incomodar?...». Isto já para não falar da maior das blasfémias: a sugestão do duche conjunto contra o dogma de juntos na banheira só para quecas. Ficam irritadíssimos por nos passarem o champô, por nos emprestarem o chuveiro ou, simplesmente, por estarmos a ocupar um espaço que para eles, já mal lhes chega .

Ó Manela, na minha opinião só te posso dizer que a maioria dos homens apresenta um defeito de fabrico: falta-lhes o chip de partilha de espaços.

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