(Não chames pai ao Jotakapa)
31 março 2005
Contrato
Vou fazer contigo um contrato
Assiná-lo no acto
Com tinta indelével
Invisível
Inextinguível
Com clausulas imutáveis
Duradouras
Inalteráveis
Sanções severas
Duras
Inflexíveis
E se não cumprir o contrato que assinei no acto
Ou não cumprir as cláusulas que preestabeleci
Sanciona-me
Cobra-me
Exige-me resposta:
Porque me escreveste na carne
E me assinaste na pele um contrato
Com a tinta indelével que saiu de mim
Porque te fechaste e me fechaste em cláusulas
Se é a mim que sancionas e punes severamente
Ao não cumprires o contrato
De seres duradoura
Permanente em mim.
Encandescente
a Tonha - mais uma história de pívias
Andávamos ali pela casa dos 13/14/15 anos e, claro... sempre prontos a esgalhar!
A Tonha, sabendo o quanto boa era e os sentimentos que despertava na rapaziada, não se encolhia. Era o tempo das mini-saias e ela não se coibia de se sentar nas esquinas das secretárias e deixar de fora aqueles autênticos monumentos que eram as pernas dela.
Era mulher para andar na casa dos 20 e muitos, se não 30. Loura. Muito bem arranjada. Lembro perfeitamente que a mulher era mesmo bem feita. E ela sabia-o. Ela sabia-o perfeitamente.
É claro que a miudagem aos 15 anos, espigadotes, a olhar para uma mulher, professora, dos seus 30, com um ar de 'sei que vos babais todos mas sois muito crianças' ficava em transe. É que havia mesmo alturas que o maralhal ficava em transe. Coisas da época!
O que se segue é que a Tonha despertava tais sentimentos que se começou a escolher as últimas cadeiras das últimas filas... para se tocar umas valentes pívias enquanto ela ensinava o To Be or Not To Be.
Ó gente... a sério, era vê-los aos 3 e 4 lá atrás a esgalhar o pimpão e a Tonha lá à frente... blá blá blá...
Eu nem sei se ela algum dia se apercebeu, mas se se deu conta, acho que aquilo acabava por lhe dar gozo, ou melhor ainda, por lhe satisfazer o ego.
Muita punheta se tocou à custa das coxas da Tonha!"
Jorge Costa
Que bela prenda de Páscoa!
E como não São egoístas, até explicam como podem adaptar o cartaz às vossas necessidades: "basta no endereço escreverem o que quiserem (usando %20 para os espaços) que o dançarino nudista mostra".
30 março 2005
Água
São, sabes que tenho andado a pensar que a água desempenha um papel essencial nas relações sexuais. Lembrei-me de alguns homens que mal acabam o acto se precipitam para debaixo do duche; daqueles que terminam o coito para num ápice irem à cozinha beber um copo de água e de uns outros, mais raros é certo, que nos preliminares vão esfregando o pénis com água.Eu sei que grande parte do nosso corpo é composto por água mas o que me parece absurdo é a corrida desenfreada em busca da água.
29 março 2005
Chegada
Chego e digo, estou aqui
Mas antes de chegar já tu me pressentes
Já tu adivinhas o meu chegar
E no corpo já me sentes
E o teu corpo é íman e radar
Que me localiza no espaço
Que me atrai para os teus braços
Que me prendem num abraço
Que é o ponto de partida
Para o ponto de chegada
E entre um ponto e outro ponto
O teu corpo é a resposta
Ao que o meu corpo ao teu pergunta
Alguma vez parti de ti?
Alguma vez estive ausente
Não é o teu corpo morada do meu
E por isso me adivinhas
E por isso me pressentes?
Encandescente
28 março 2005
Pornografia
A American Apparel aposta em campanhas publicitárias provocadoras, que geram alguma polémica e sofrem acusações de serem pornográficas.
O que diz a American Apparel sobre tudo isto?
Perguntam: Há algo de errado em celebrar o sexo e a atracção sexual das mulheres?
As opiniões sobre o sexo variam entre a pura e simples procriação e uma actividade recreativa agradável.
A sociedade parece aceitar a violência como entretenimento mas esconde-se com vergonha do sexo como forma de entretenimento.
Sabemos que o sexo é essencialmente sobre a vida e a violência incide mais sobre a morte. Tu escolhes.
Perante a profundidade da temática, ao OrCa deu-lhe para uma reflexão pós-metafísica:
Pôr no gráfico o meu sexo?
Ou ir ó (teu) cu num acesso
Premeditado ou perplexo
Só p'ra atingir o sucesso?
E o sexo é só sexo
Erótico? Pornográfico? Isso
É o menos. Amplexo
Do eco desse desejo
Que nasce em nós como um beijo
E cresce com a cor da vida
Mas na outra, na violência
Nada tem afinal nexo
Puta, cabra e mentirosa
Que da grandeza da rosa
Colhe o espinho funesto...
Que nisto da violência
Há por trás muita fominha
Não que lhe falte galinha
Sobra-lhe é a abstinência...
Quando os pintelhos encravam
Ai Mena, hoje de manhãzinha vesti um daqueles vestidos pretos colantes, os chamados Come-me!-Come-me! e não é que a porcaria do fecho éclair se encalacrou todo ?!... Como tu dizes, há dias que até os pintelhos encravam!...
Imagina tu que já antes, estava eu com todo o cuidadinho a calçar a meia esquerda, sentada na borda da tampa da sanita quando o gato me saltou para o colo e com a unha, zás, conseguiu uma recta perfeitinha de alto a baixo.Vai daí, Mena, telefonei para o trabalho desculpando-me com uma falta de água para o banho, enfiei estas calças de ganga e o camisolão de lã e aqui me tens.
Eu já desde ontem que não me sentia nada bem. Vê lá tu que me fui rapar, de espuma de barbear e gilette em punho e descobri pelo espelhinho que tinha dois pintelhitos brancos. Completamente brancos, Mena!... É que na cabeça podemos puxá-los, fazer madeixas ou pintá-los com as cores que nos apetecer, agora ali... Deu-me umas ganas que desatei com a lâmina para cima e para baixo, tipo corta-relva num estádio e com tal força, que fiquei que nem o Cristo do filme do Mel Gibson.
27 março 2005
Dick Hard na loja de "lingerie"
Tudo o que era "lingerie" marchava. Preferia a "lingerie" negra e simpatizava sobremaneira com as meninas que respondiam aos inquéritos nas revistas masculinas: «No corpo - lingerie negra». Um dos grandes momentos do seu dia era quando descia as escadas rolantes do Monumental e dava com a montra da loja de "lingerie", que se despia dos seus segredos para ele. Dick tinha adorado Silvia Saint de "lingerie" azul num dos seus primeiros filmes para a Private. Talvez fosse mesmo o primeiro. A Silvia na casa de banho, a ser encavada por... olha, quem era ele? Varreu-se.
Nessa noite, Dick andava a tentar comprar o jornal há que tempos e foi por acaso que deu com uma nova loja de "lingerie" no centro comercial. Os manequins estavam todos de "lingerie" vermelha, com aqueles fiozinhos dentais bem apetitosos. Uns soutiens pequeninos e meiguinhos. Até dava vontade de ser caruncho, para poder comer os manequins com algum proveito. Entrou. A menina que estava ao balcão era uma mulatinha de metro e sessenta, bem proporcionada, de lábios carnudos. Tinha um decote mais do que generoso e Dick imaginou que fosse obrigada a vestir uma "lingerie" que a loja tivesse.
- Posso ajudá-lo?
Podia e de que maneira. Dick pensou, como um trovão: "Podes. Ajoelhou, tem de rezar. Isto como 'entradas', tipo cocktail de camarão. Depois, põe-te toda nua encostada ao balcão e vê lá se eu digo em bom português 'água vai'. Para rematar, como sobremesa, pede à tua colega que me esgalhe ao pessegueiro como se fôssemos conquistar Olivença a 1 de Janeiro". A colega era uma loira estilosa, matulona, que devia saber sexo oral em várias línguas. Ficou a olhar para Dick com ar curioso e divertido. E Dick respondeu com a ultra-banalidade do quotidiano:
- Obrigadíssimo. Estou só a ver.
E depois suspirou:
- Infelizmente.
Será que isto vai ficar assim? Ou algo vai entumescer?
Só lendo aqui o resto da história.
Odes no Brejo - Intimidades
Toco-te apenas
Nas pernas
Sinto a seda da tua fenda
Fímbria
Fonte de vida
Tua cabeça me toca
No ombro daquele braço
Na carícia das tuas pernas
Fazes do abraço um poema
Num soluço de cansaço
E a tremura dos dedos
É a ternura de enredos
Da sede das tuas pernas
Ah, que seda
Que doçura
Que humidade tão pura
Inunda a mão nas tuas pernas!
OrCa
A Encandescente colhe no ar a ode do Orca (deve ser dos ares da Prima Vera)...
E enquanto a cabeça repouso
No teu ombro, no teu braço
E recolhes o prazer,
Humidade que se esvai.
Ah, que ternura me invade
Que lassidão, que torpor
Que me espreguiço no abraço
Que me abres e me dás
E adormeço nas palavras
Enrolada em carinhos
O corpo em paz, saciado
A mão fechada na tua.
O OnanistÉlico vem-se sempre atrás:
... estando eu num sonho
acordado de encontro ao teu dormir
percorrendo o sonolento corpo
com beijos de te sentir
desperto-me dentro do teu acordar
e o que vejo nos teus olhos?
O prazer do que nos fez amar
26 março 2005
Trocando palavras. Trocando silêncios
Deitada.
A cabeça no colo dele, os pés em cima do sofá, os joelhos levantados.
A mão dele emaranhada no cabelo dela.
Trocando palavras. Trocando silêncios.
A mão dele desceu na camisola dela.
Levantou-lhe a camisola. Deixou-a descoberta.
Continuaram a falar.
A intimidade de quem ama e conhece e se reconhece no outro.
A mão desapareceu dentro das calças dela.
Ela fechou os olhos. Entreabriu as pernas.
Trocando palavras. Trocando carícias.
Ela levantou as ancas. As mãos dele baixaram-lhe as calças.
Ele segurou a mão dela, beijou-a.
Guiou a mão dela. Pô-la entre as coxas. As ancas que se moviam devagar.
A mão dela entre as coxas. A mão dele sobre a mão dela.
As mãos. Os dois olhando as mãos.
Trocando silêncios. Trocando desejo.
Ela arqueou o corpo. Respirou o nome dele.
Ergueu a mão.
Os dedos na boca dele. Ele lambeu-lhe os dedos.
O sabor dela na boca dele.
Trocando palavras. Trocando silêncios.
Trocando-se. Reencontrando-se.
Encandescente
Técnica do 1...2...3
E contudo o que nele me atraiu Manela, foi exactamente a subversão desses valores instituídos. Mesmo naquele chat tacanho, ele argumentava e ainda por cima, com sentido de humor. A cumplicidade começou quando combinámos na janelinha privada continuar a moer o juízo a uma figurinha conservadora que por lá tinha aportado. Fazes frito, eu faço cozido e vamos a ela!...
Ele deu-me o número de telemóvel com a indicação «Para usar em caso de necessidade» e eu respondi em formato sms que estava a precisar de serviço de reanimação desde que dispusessem de equipamento para o efeito. Depois, Manela, ele ligou-me logo no dia seguinte, para me dar os cabeçalhos do jornal diário e disparar «Sabes que vamos acabar na cama, não sabes?...». Obviamente, era a única resposta possível, Manela!...
Da primeira vez que nos encontrámos reconhecemo-nos pela sua matrícula TX, de Tarado Xequechual e foi um prazer ver uns cabelos compridos atados num nagalho, acompanhados de umas jeans que lhe adubavam o rabo e a protuberância junto do fecho éclair. Mergulhámos um no outro como se a manette das mudanças não existisse entre os dois assentos.
Fomos aprofundando os conhecimentos das nossas assimetrias e eu deixava sempre escorregar os meu dedos da base dos seus testículos para trás e voltava pelo mesmo caminho, continuamente, até ouvir o seu suspiro. Até ao dia Manela em que o meu indicador decidiu perfurar por ali adiante, gerando-lhe sons guturais que lhe gazeavam a face. Depois Manela, enquanto nos calçávamos, ele decretou que nada daquilo tinha acontecido e o meu espanto fodido proclamou, em edital, boa noite e um queijo!
ovo de chocolate
fiquei a pensar que te faria eu
se, por acaso, fosses
um ovo de chocolate
estarias embrulhado
num papel acetinado
de cores sedutoras
espreitaria, provocadora
para dentro destas cores
que logo rasgaria
gulosa, observaria
por que lado começar
com a ponta da língua
saborearia o primeiro pedaço
com os lábios roçaria
o teu corpo de chocolate
traçando caminhos
não resistiria
a uma suave mordidela
a provar um pedaço de ti
terias recheio de leite
doce e cremoso
que na minha boca
se derreteria
pedaço após pedaço
de prazer me encherias...
fiquei a pensar que a ideia nem era má
mas no fim, com nada ficaria
bem melhor será cobrir-te de chocolate!
Páscoa Feliz a todos
25 março 2005
Carta do Jorge Costa à Matilde Doroteia
Lembras-te daquelas reuniões que tínhamos no gabinete do chefe, em que trocávamos memorandos, deitados no sofá do canto?
Não sei que raio de jeito demos... que o raio do sofá partiu. É uma verdade que naquela época... escrevíamos muito. Ó, se escrevíamos!
Ainda te lembras como eu fiquei enrascado, sem saber o que posteriormente dizer ao director,
quando ele chegasse e visse o sofá no chão? O que valeu foi o meu jeito p'rá bricolage.
Estava agora p'raqui a tecer estas linhas e uma coisa puxa a outra e lá lembrei (como também te lembrarás) daquela vez que fomos para casa de campo do J. e naquela noite de calor, após meia dúzia de saltos na cama, a porra da travessa lascou! Foi outra enrascadela. Lembras-te? Tive de lá voltar de martelo e parafusos para arranjar o catano da cama.
Isto para não falar daquela vez que quiseste à viva força - sim, que tu, Matilde Doroteia, és mulher de força - escrever uma carta no armazém das máquinas. Mas que raio! Logo havias de querer escrever deitada! E, não contente com isso, logo havias de, no fim da escrita, dar um pontapé na máquina da frente e fazer desmoronar tudo. Aquilo nao foi um pontapé... foi mais um esticão que te deu pela espinha e te provocou aquele espasmo! Mas que raio de espasmos que te davam!...
Aqui bem se lixaram. Eu arranjo muita coisa, mas amolgadelas... não. Olha, ainda me lembro de se ter reclamado p'rá fábrica que tinha vindo uma máquina amolgada.
Eras do piorio. Sim, que eu era até muito sossegado.
Só de lembrar que na mesa do refeitório, onde o maralhal comia a sopa e as migas que trazia de casa, tu mandaste tudo p'ra canto, só p'rá gente ter espaço para escrever dois memorandos seguidos... E sempre deitada. Muito gostavas tu de escrever deitada! Muito gostavas tu dos meus ditados!
Eras de força, Matilde Doroteia! Naquela altura, lembro que a marmita do J.A. ficou com a sopa misturada com as batatitas que o desgraçado trazia p'ra morfar ao almoço. Olha que ainda lembro os berros:
- CARALHO... quem foi que me virou o caralho da marmita?!
Coitado. Eu é que, coitadito de mim, ficava ali p'ra um cantito, com olhinhos de carneiro mal morto, sem saber o que dizer. Eu sabia o que fazer, mas tinha «horinhas»... que não sabia mesmo o que dizer. Mas que raio! Passavas a vida a escrever. E eu sempre com o tinteiro atrás... Pois é, Matilde Doroteia, lembrei-me de te dedicar estas letras em virtude de ter uma nova secretária. Esta, parte menos a mobília. Sempre me dá menos trabalho no fim de cada carta.
Se bem que tem a mania de rasgar lençóis...
Olha... seja tudo por môr'da escrita!
Jorge Costa"
Original gamado aos Pés Quentinhos
24 março 2005
"Early morning blogs 4"
Enquanto o computador liga
Bebo um café
Procuro o isqueiro perdido algures no meio da papelada
Acordei de mau humor e com pouca paciência
Para jogar de esconde-esconde com isqueiro e papéis.
Encontro o objecto fugidio
Acendo o cigarro e começo a passar páginas.
De repente deparo-me com uma das maiores pérolas
De estupidez, burrice e cretinice que já li
Na denominada blogoesfera:
“O maior problema dos ateus é não ter ninguém
A quem chamar durante o orgasmo.”
E pela primeira vez na vida dou graças a deus
Por ser ateia e nele não acreditar.
Sei que quem estivesse a meu lado no momento do orgasmo
Não gostaria de ouvir invocado um nome que não o dele.
E imagino quem escreveu esta pérola de sapiência
Depois do acto consumado
Ajoelhado na cama
As mãos juntas em oração:
“-Ah meu Deus, eu te agradeço
O corpo que puseste ao meu lado
E com quem tive um orgasmo mas que não lembro o nome.”
Diz o segundo mandamento:
“Não invocarás o nome de Deus em vão”
Eu diria mais ainda
Há alturas em que dois chegam e mais um é multidão.
Olho o cigarro e inalo o fumo profundamente:
Abano a cabeça e penso:
Definitivamente! Há piores formas de poluição.
Encandescente
Odes no Brejo - Se...
Alce esse cálice
Delicie-se
Ou cicie se apetece
Solte a alça
- Que chatice!...
Se-se-se-se-se-se-se...
Dê-se assim
Como quem fosse
Só Alice
Numa pressa
Deixe que o cio
Insinue
A sua sede de vício
No seu corpo
Que apetece.
Recomendação pascoal: Quem tiver ovos que se agarre a eles. Quem os não tiver, tente deitar a mão a alguns que estejam por perto, fazendo sempre o obséquio de ser felizes.
Sabores
É que tu não imaginas mas nunca tal me tinha acontecido!... Ele há uns doces, outros salgados, provavelmente de acordo com os temperos que gostam de usar na comida. Aliás São, recordo-me de um que até sal punha no pão com manteiga e efectivamente, sabia sempre a sal. Ou o caso do vegetariano que sabia sempre a dióspiro.
Ai que merda com efe, São!... E que achas se eu me calar e de mansinho, lhe atirar com a clássica «Não é nada contigo mas eu quero estar só e podemos sempre ficar amigos!»?... É que a verdade às vezes magoa muito!... Se ele fosse um tipo daqueles só para dar uma voltinha, tinha a vida muito mais facilitada. Tá feito, tá morto!... Só que o raio do homem até é interessante a nível físico, não um modelo de luxo mas digamos que é um familiar de linhas atraentes, sem arranques bruscos e até sabe falar.
Oh São valerá a pena convidá-lo para tomar uma sopa que lhe servirei azeda, para puxar a conversa?...
Exageros
m português, um francês e um americano conversam entre eles.
Diz o americano:
- Na América temos um porta-aviões que transporta 1.000 aviões.
Diz o francês:
- Em França temos um hotel que acomoda 20.000 pessoas.
Diz o português:
- Eu tenho uma pila onde cabem 200 passarinhos empoleirados.
Passado um bocado, diz o americano:
- Eu exagerei... o porta-aviões só leva 150 aviões!
Diz o francês:
- Eu também exagerei. O hotel só dá para 1000 pessoas!
O português confessa:
- Também exagerei um bocadinho. O último pássaro já fica com uma patita de fora ...
(enviado por J. Longo)
23 março 2005
A Cisterna da Gotinha
Coelhinha: da Páscoa
Para quem gosta de gémeas!
Galeria de Fotografias a preto e branco: são de tirar o fôlego!
Um bibe para sexo oral bem asseado!
Creamy-Babes: muitas meninas para os meninos...
Odes no Brejo - Sede
De tutear o teu corpo
Tentear a tua alma
De tentar o teu olhar
Gosto de ti
Se calhar
Muito para além do mar
Para além do meu destino
Mais além do horizonte
Gosto de ti
Afinal
Por seres alguém só de amar
Do teu alguém que imagino
Ao beber da tua fonte.
OrCa
E o AnjoÉlico pimba:
Sacio-me em ti, bebo-te-nos.
Cristalino amor que jorra da vasilha que amparo, canto, cântaro onde armazeno a saudade do teu prazer.
Sequioso amor afinal?
Sempre (e desde o início)...
Diário do Garfanho - 57
e para quê?
Vem a gaja traz um irmão. Um irmão?! Um gajo pensa, "se calhar no Brasil é assim, o gajo deve ir-se embora a todo o momento."
- Sabe, bem, o meu irmão teve um desgosto de amor - explica ela. - Está muito carente e eu não o quero deixar sozinho. Se importa que ele venha com a gente?
Penso: "tás a gozar! Foda-se. Bardamerda." e por aí adiante.
Digo: - Não, não me importo nada - mas ponho um sorriso o mais amarelo possível (tenho até pena de ter lavado os dentes).
Felizmente, o chapa se mancou - ou foi isso ou foi a dose cavalar de laxante, ou melhor, na dose que ingeriu, purgante de aloe vera que lhe tive de pôr nas caipirinhas, que "têm um paladar estranho, sabem a cactos" - e desandou, literalmente, a esvair-se em merda.
Benditas ervanárias que se encontram por todo o lado!
Atenção, que eu não me esqueci de o aconselhar a beber muitos líquidos, não sou nenhum animal (não sou a Dulce F.), a saúde e bem estar das outras pessoas preocupam-me. Tive até o cuidado de saber se o tipo tinha rede na casa de banho que era para a irmã ficar descansada e ligar-lhe para saber novidades... de merda (não resisti, peço desculpa).
Garfanho
Mais uma achega do Tiko Woods sobre punhetas
Há muitos, muitos anos, num colégio religioso, numa aula de Ciências Naturais, enquanto o prof. palrava íamos regalando a vista numa 'revista de tetas & cus'
bem escondida dentro do manual e tínhamos o espírito a muitas léguas dali.
Eis senão quando o prof. se lembra de me dirigir a palavra e pergunta:
- Qual a razão por que o sapo se enfia no lodo?
- Para endireitar a piça - ouvi-me responder sem a mínima ideia de onde estava ou o que se passava.
Bem, fui contemplado com oito dias de suspensão e um convite - que foi de imediato aceite - para ir procurar instrução para outro lado.
*** Como contributo para a vossa cultura geral, o que o prof. queria era que lhe respondesse que o sapo se enfia no lodo para manter a pele húmida e poder assim respirar melhor."
Tiko Woods
22 março 2005
Maria Madalena arrependida
Maria Madalena esperou arrependida
Do gesto que não fez
Da palavra que não proferiu
Do impulso que reprimiu
Para não ser tentação.
E ficou sozinha Maria Madalena
Gesto esboçado fechado na mão
Palavra presa debaixo da língua
Impulso, soluço, não tentação.
Ah pobre e injustiçada Maria Madalena
Que lembram arrependida da vida de devassidão
E que eu lembro chorando triste e sozinha
Arrependendo-se
Não da profissão que exerceu
Mas sim
De não ter cedido à tentação.
Encandescente
O OrCa tinha que oder a Madalena:
Madalena arrependida
Ou da vida desvalida
Coitada
Desperdiçada
Dessa vida mal vivida...
Mas Madalena provou
O pão que o diabo amassou
E diz quem por lá andou
Que o próprio Cristo até disse
Que não provar tal delícia
Seria uma idiotice
E segundo alguns anais
Aqueles dois tais e quais
Provaram do doce cálice...
Um orgasmo assim. Inesperado. Saído do mais profundo do meu corpo. Em segundos. Por cima da roupa. A porta aberta. O escritório cheio de gente. A minha mão pressionando a costura das calças. Movendo-a. O corpo em resposta imediata. Um orgasmo em segundos. Sozinha. E no entanto arrancando as contracções à minha cona, ao meu cu com tal violência que o resto do meu corpo deixou de existir. A saliva grossa. Em segundos. Sem ser esperado. Sem estímulos. Acontecido apenas.
Rosa Púrpura
O OnanistÉlico estava lá e viu tudo:
E eu espreitando por interposta planta que sacudida por mimética mão desprendia-se em folhas lavadas por brancas gotas que beijavam o chão. E do seu tronco guardo o prazer de te rever.
Manobras Militares
Mas no caso dele, despertou-me a atenção ter religiosamente, todas as sextas-feiras, o «Inimigo Público» debaixo do braço. Um dia, fingi não ter isqueiro e pedi-lhe lume ali no balcão do café. Abriu a pasta atafulhada de livros e de fato de treino, à procura do dito, para acabar por o encontrar no bolsinho pequeno das calças. Conversa puxa conversa, ele gostava de ler Lobo Antunes, José Luís Peixoto e até Al Berto. E Manela, tinha os músculos todos no sítio, sem serem espampanantes. As calças de ganga, Manela, são as nossas melhores amigas para nos mostrarem os contornos dos volumes e as formas dos rabos dos gajos, não é?...
Confessou que era sargento, habitualmente caladito na messe dos oficiais às segundas feiras, a não ser que o tema fosse gajas. E tinha umas mãos longas e o cabelo curtito e espetado como o pelo macio de um gato eriçado. E depois Manela, medi-lhe o polegar e deixei que me arrastasse para sua casa, para avaliar as munições e as armas da ocidental praia lusitana.
O Jorge Costa relembra a pívia em frente ao Palácio da Justiça
Tenho a vaga ideia que ainda me lembro dos risos das enfermeiras.
Claro que na época nao riam de tesão. Era de escárnio mesmo. Também, pudera... só tinha 12 anos. Que julgo ser a idade ideal para a prática continuada do exercício em questão.
Hoje em dia não me estou a ver a tocar a tal punheta no pátio e a olhar para as moçoilas!...
Mas estou a ver-me a ser batido por uma das substitutas das de então. Olaré se não estou..."
Jorge Costa
21 março 2005
Demasiado Profano? - Parte 2
Mais uma campanha polémica. Na vizinha Andaluzia.
Odes no Brejo - O teu assento
Agudo
Grave
Ou esdrúxulo
O teu assento é tão só
O quente
E macio
Luxo
Onde aos poucos perco o pé
Caindo em teu precipício.
A dor do dedo, odedor do mundo
vejo-as abertas, entre as pernas e o que
beijo? As trevas. Escuro véu que a noite oculta...
e o dedo que te procura;
tacteia e nesta desaranhada viSão
o São dedo se afunda,
tecendo loas e uma ode ao mundo
sobre a dor só!
E o brilho que a mão segura?
São testemunho do dia que nasce,
luz que se-me-te apaga...
... lá no fundo.
Cântico lamento
- Que farás quando eu me for?
- Procurar-te-ei em todos os recantos
Percorrerei todas as ruas
Pisarei todas as calçadas
Refarei todos os teus passos
Gritarei nas ruas o teu nome
Acordarei a cidade
E até te reencontrar não dormirei.
- E se não me encontrares?
- Então... Ficarei preso no tempo
Em que estavas presente
Voltarei aos lugares
Onde juntos fomos um
Amaldiçoarei as estrelas
Por brilharem sem tu estares
Cantarei revolta à lua
Por sem ti não se extinguir
E direi baixinho o teu nome
Para que ouças o meu lamento
E viverei para o momento
Em que sejas de novo presente
E te direi:
- Meu amor quanta demora.
Encandescente
Poeta (uma vez)
Quero escrever a mel
A ideia de mim
Na tua pele
Quero dizer no teu corpo
Palavras que inventámos
Em versos que escrevemos juntos
Quero inscrever-te sílaba a sílaba
Contos de aventuras
Na cama, no chão, nas ruas da cidade
E no vento ao pé do mar
Acrescentar ponto por ponto
Em todos os teus recantos
Detalhes de escrivão
Hipérboles, elipses, metáforas
Deixar impressas imagens grandiosas
Gravar com o aparo do desejo
Os sabores de natas com bagas selvagens
Os aromas dos dias de verão
E as cores do vento da floresta
Por uma vez
Sentir que posso ser poeta
Ferralho
E nem todos se podem gabar de receber comentários como estes:
Encandescente
"Centímetro a centímetro
penetras a tua poesia em mim
e inundas-me na metáfora de uma chuva poética."
Maria Árvore
Odes no Brejo - Da complexa linguagem
Não me amarres
Não me cales
Não me afogues
Não me amoles
Não te coles
Não te isoles
Não te consoles
Não chores
Fode-me só
Não me fodas...
OrCa
O AnjoÉlico adora oder o OrQuita (sim, sim, isto anda perigoso) :
Cala-te amarrando-me
Afoga-te com o duro de ti, chateia-me sim?
colando-te a mim. Isola-me, tapa-me!
Consola-te com as lágrimas do prazer
com que me fodes.
Meninas, quem precisa de mascar pastilha elástica?
Os japoneses inventaram uma pastilha elástica que faz crescer as mamas.
Como seria de esperar, é um sucesso em Tóquio. Por mais ou menos € 15, compra-se um frasco com 200 pastilhas cor-de-rosa.
Pesquisem Bust-Up Gum no Google e leiam as instruções... em japonês.
O Monstro Horrendo AdamastoR chama a isto "Mamas elásticas":
- Olha, querida, não queres uma pastilha? É que andas tão stressada ultimamente...
20 março 2005
A construção do amor
Ele começou no Domingo a construir o amor
Porque não era dia de descanso mas o primeiro dia
E no Domingo, dia primeiro do amor,
Olhou-a nos olhos, estendeu-lhe a mão
Disse-lhe: - Eu quero-te.
E nada pedindo e nada esperando
Colocou a primeira pedra
Iniciou a construção.
Na segunda-feira ao falar-lhe deu-se verdadeiro:
- Dou-te todo o tempo, dou-te os meus dias,
O meu tempo será o teu enquanto quiseres.
Ela olhou-o, entendeu a espera,
Entendeu a esperança e a construção.
Na terça-feira ela disse do medo
De todas as dúvidas e interrogações,
Ele ouviu-a em silêncio, calmo e tranquilo
E deu-lhe na voz o que sentia dentro:
- Estarei sempre aqui, nada pedirei,
Só para te ver, só para te ouvir.
E ao dizer de um amor que nada esperando se dava
Na terça-feira dia três da construção
A terceira pedra foi colada e colocada.
Na quarta-feira quando a noite se punha
E a hora sombria para ela começava
Ouviu a voz que lhe afastou o medo
Que segura e serenamente lhe dizia:
- Estou aqui, velarei por ti
Acenderei uma luz, guiar-te-ei os sonhos.
E no quarto dia, quarta-feira, noite,
Não dormiu por ela noite e madrugada
E protegeu-lhe o sono e afastou o escuro
E dando-lhe o seu sono, ofereceu-lhe a paz.
No quinto dia da construção do amor
Ofereceu-lhe o riso e a alegria
Inventou palavras, brincadeiras tantas
Que na quinta-feira a pedra colocada
Tinha tantas cores, tinha tanto brilho
Que ela redescobriu o riso, as cores do dia.
Na sexta-feira ele nada fez
E ela sentiu a ausência no dia,
A ausência da mão que lhe guiava os passos
A ausência do amor que ele lhe trazia.
E ao fazer-se ausente ela descobriu
O que no silêncio ele lhe dizia:
Que seria o silêncio se ela assim quisesse
Que ficaria calado, vendo-a de longe
Que seria sombra que a seguiria.
No sétimo dia ela procurou-o
Procurou-lhe o corpo, encerrou-se nos braços:
- Tudo o que me deste te dou hoje a ti,
Disse-lhe com voz de quem se entrega inteira.
E no dia último da construção do amor
Fizeram amor como antes ninguém fizera
Porque era sábado
Último dia da construção
Porque era o dia último e a vez primeira.
Encandescente
Fundamentalismos
Oh Manela é óbvio que não resisti a voltar-me, para fuzilar com os olhos o energúmeno que nos seus músculos flácidos de cinquentão típico do «Elefante», mostrava a sua sabedoria adquirida a exibir notas e chaves do carro. E toca de disparar a questioná-lo sobre se tinha algum problema com o facto de as mulheres expressarem desejo, de gostarem de foder, com o facto de as mulheres se masturbarem e terem prazer nisso.
Foi um sururu naquele café que nem imaginas, mas eu não me conseguia calar e defendi que os homens ou se apaixonam antes dos trinta ou nunca saberão o que é isso, quanto muito amam quem lhes facilite as tarefas domésticas, inclusivé aquelas para que se acham tão dotados, passando mesmo a deixar o trabalho da corrida para elas.
É verdade, Manela, que as mulheres precisam de alguns anos a assar frangos para optarem pelos temperos que realmente apreciam, para adequarem o tempo de cozedura e também, para se convencerem que não têm de ser a Branca de Neve, a Heidi, ou a Cláudia Schiffer. Mas dizer que os homens só se apaixonam quando lhes baixa o nível de testosterona é o mesmo que dizer que só têm uma cabeça.
19 março 2005
Eu conheço uma!
Dizem que mulher satisfeita não trai...
mas alguém já viu uma mulher satisfeita?
Eu já:
Santa Teresa de Ávila
esculpida em êxtase por Bernini
Mais informação aqui
A punheta - mais uma reflexão do Jorge Costa
É que a pívia faz mais parte do crescimento de todos nós do que qualquer outra mundanice.
A pívia foi, é e será sempre algo acima de qualquer suspeita. Toda a gente, em algum momento, tocou uma.
Sempre que passarem por alguém - amigo, desconhecido, familiar, pais, irmãos e afins - pensem: 'Estes tambem já tocaram uma punheta'. E, podem crer, não falham.
A punheta é o acto de amor mais democrático: Cada um aperta o ganso como lhe der na veneta. É o mais à vontade do freguês que há.
Vá-se lá saber o porquê da esmagadora maioria ter alguma contenção, para não dizer muita, para falar sobre o acto. É quase como alguém perguntar se já teve uma caganeira. Toda a gente já teve uma caganeira. Começa logo de bébé. Mas nao se fala sobre isso.
Sobre as punhetas, o mesmo se passa. É demasiado natural para merecer a atenção? Sim, é que toda a gente se toca. Mas toda a gente. Até os bébés.
É claro que não estou à espera que se chegue a uma reunião social e se pergunte:
- Então? Já tocou a sua punhetita hoje?
Mas com um pouco mais de tempo (após o 3º ponche, por exemplo) porque não?!
Um gajo olhar para a mão, com um olhar distante e lânguido e comentar:
- Nunca me deixa mal... é uma companheira de folguedo... até os olhinhos me faz revirar!
E não pensem que é um acto que acaba na adolescência.
Isso (ai, tu deves bater umas, deves!) é que era bom.
E quando são batidas?! Uiiii...
Pois é, muito se diria sobre punhetas se a coisa não fosse tão banal. Tão banal... que nem se fala delas."
Jorge Costa
E as mulheres ainda menos falam, Jorgito...
18 março 2005
Odes no Brejo - Boa Fada Má
Fada curta
Fada à toa
Não sejas bruta
Fadinha
Que a bruteza magoa
Fada má
Sê fada boa
Fada-me
Com um bom fado
Que de fadário
Fatal
Já me farto
Até à medula
Fada má
Que boa és
Tens-me
Se quiseres
Aos pés
Se me fadares
Numa boa
Fada que fadas meu fado
Não me fodas
Tão à toa
P’ra te sentir como és
Uma fada má tão boa.
O OnanistÉlico também quer experimentar a varinha mágica:
Boa, boa fada
Má fadada por me teres
Enfeitiçado pelo teu fado.
Fado-me sempre no querer-te
por crer-te boa, boa fada
fada-me até que me doa
a varinha má minha mágica
por mor de sair o líquido que voa.
Má fada? Boaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Cisterna da Gotinha
Prescrição para males de amor
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”
Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.
Malboro Man
Bem, São, esta parte era mais nas pausas porque eu gostava de fazer entradas no quarto ao som de uma música para dançar enquanto me despia devagar, peça a peça, para terminar voltando-lhe as nádegas e de cabeça a tocar no chão, deitar-lhe a língua de fora. Depois São, levantava o tronco e corria a agarrá-lo pelos colarinhos da camisa para o lamber do pescoço para a orelha, sussurando «Henry». Desabotova-lhe a camisa e os botões das calças enquanto sentia as suas mãos e língua a escorregarem do meu pescoço para os meus mamilos. E tomava-lhe o pénis já entumescido para descer a acariciá-lo com a boca, ouvindo os seus monossílabos guturais. Depois, ele erguia-me à altura da sua boca para um beijo lânguido e húmido, dizendo baixinho «Gueixa Anais» e mergulhava em mim, sôfrego no rebuçado do meu clitóris. Estendíamo-nos na cama como um pê e um dê minúsculos e absorvíamo-nos como se a água fosse faltar muitos dias sem parar, até que daquela dança mágica chovesse a alegria do nosso cansaço.
E claro que foi efémero São, como todos os doces da vida. Ele fumava Marlboro e eu, Camel, logo não podia resultar!
Video para os visitos se desidratarem
A contribuiSão do Jotakapa para
o movimento CUBEMBOM (Coligação Universal
dos Blogs Esquecidos e Martirizados
pelos Blogs Omnipotentes Martirizantes):
Cu Bem Bom
As pívias no cinema
Comprava-se um camarote de 2ª ordem (6 lugares - 2$50!!!) e convidavam-se as 'pikenas', que ficavam encantadas.
Viam-se uns filmes com o Cliff e umas músicas a puxar ao sentimento.
Como naquele tempo não havia pipocas, as 'pikenas' pegavam no 'pinguim' e tratavam de o massajar a contento.
Não podia era faltar o aviso final:
- Põe-lhe a mão por cima que ele espirra alto!
Ah, grandes tardes de cinema..."
Tiko Woods
17 março 2005
Um conto ao desafio com o Jorge Costa (*1)
- Ó X.co (*3) e Bete (*4), tenho uma "Gina" nova lá em casa que tirei do baú do meu pai.
- Ó Cruijff (*5), trázia (*6)!
E lá iam eles para a palheira da quinta do Conde de Caria (*7). Calças e cuecas (ou ceroulas, no Inverno) para baixo e sentavam-se nas tábuas ao pé da manjedoura. O mais difícil daquilo era escolher qual dos três ficava no meio... a segurar e a folhear a revista. É que a posição tinha vantagens (controlava o timing da sequência e podia até rebobinar quando a página seguinte se revelava menos interessante que a anterior) mas também tinha um inconveniente de peso: sobrava só uma mão para a pívia... ainda por cima tendo que intervalar para desfolhar a "Gina" (*8). Normalmente, ninguém queria ficar no meio.
- Ó X.co, muda lá de página que já estás nessa há que tempos!
- Agora não, caráis. Agora nãããããããããããããããããão... - e os outros respeitavam.
Estas revistas tinham um prazo de validade muito limitado. Não sei ainda porquê, mas começavam a ter as páginas coladas... ainda por cima nas imagens mais interessantes... e era assim que voltavam para os baús e gavetas dos pais e irmãos mais velhos (*9).
Bons tempos, caráis... (*10)
Isto foi uma mais-valia extraordinária relativamente aos que ao longo da vida só actuam e actuaram a solo.
______________________
(*1) originalmente publicado no falecido blog "Abaixo o Chispe Viva o Iogurte".
(*2) eu sei que isto soa a processo da Casa Pia, mas éramos, digo, os gajos eram novos, caráis.
(*3) para não comprometer o Chico Padeiro, temos que esconder-lhe a identidade e chamar-lhe X.co ("Xisco") nos autos.
(*4) idem para o Betes (ninguém irá adivinhar que Bete é o Betes).
(*5) neste caso não é preciso alterar o nome porque ninguém sabe quem é o Cruijff!
(*6) não vou escrever "trá-la" se se dizia trázia, caráis.
(*7) pois... não eram de Caria mas iam para lá... a pé... era uma promessa... e Fátima era demasiado longe...
(*8) neste caso, porque havia também as "Tânia", umas pequenitas que se escondiam muito bem ("Weekend Sex"), às vezes vinham de França outros títulos bem esgalhados e, quando havia carestia destas, Playboys, Penthouses e similares também marchavam.
(*9) obviamente, era tudo tão bem feito que nunca os pais e irmãos mais velhos descobriram o que se passava... nem é agora, ao fim destes anos todos, que os tapadinhos vão perceber, caráis!
(*10) o que estás a fazer aqui em baixo, caráis? Volta lá para cima, para leres o fim da história, caráis!
Cativo
Ele despia a camisa quando ela se aproximou.
Suave mas firmemente empurrou-o contra a parede.
Ele ficou assim.
A camisa meio despida, os braços presos na camisa, entre ela e a parede.
Uma mão aberta, espalmada nas costas dele.
A outra, os dedos abertos, tocou onde começa o cabelo, no cimo do pescoço.
O som do cabelo preso entre os dedos, fê-la sorrir.
Tocou o ombro com a língua, e rindo mordeu-o suavemente.
Parou o riso quando sentiu o gosto da pele na boca.
Fechou os olhos. Saboreou devagar a pele.
Apertou-lhe os braços contra o corpo e colou-se a ele.
Ele encostou a cabeça à parede.
Fechou os olhos.
A camisa semi despida.
Preso na boca e nos braços.
Preso, entre o corpo dela e a parede.
Encandescente
16 março 2005
Manifesto (*)
Recebi hoje a seguinte mensagem:
"A sua página e respectivos conteúdos foram removidos dos servidores do SAPO já que violavam pelo menos uma das regras que propomos, nomeadamente aquela em que referimos que não são permitidos conteúdos pornográficos.
Agradecemos que não volte a colocar semelhantes conteúdos nos nossos servidores.
Melhores cumprimentos
Mª João Nogueira
SAPO
PT.Com"
Já nem comento aqui terem-me posto perante um facto consumado. Nem o facto de terem eliminado dos servidores deles muitos ficheiros que nada tinham de pornográfico. O que não tolero é a fobia que esta senhora Dona Maria João Nogueira - em nome do Sapo e da PT.Com - revela em relação ao erotismo.
Para já, recoloquei algumas das imagens alojadas no Sapo, mas censuradas.
E dentro de poucos dias iremos ter um espaço num servidor em que não teremos que aturar estas mentalidades castradas.
São (Somos) Rosas
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(*) do latim manus festa - fazer festas com a mão
Dedo na boca
Abri-lhe a porta de t-shirt e amparada nas minhas pantufas felpudinhas. Sentei-me na aba do sofá grande para receber a sua comunicação de que se tinha esquecido de comprar os bilhetes. É sempre a mesma coisa, pensei. Por mútuo acordo, aquela tarefa tinha ficado para ele mas como a saída não era inteiramente do seu agrado, claro que apareceram mil e uma coisas que remeteram aquela para o cu de judas do esquecimento. Amuei, pois claro que amuei. E não sei se por frio, se para calar um chorrilho de frases desagradáveis logo para começar o dia, meti o indicador direito na boca.
Reparei então que ele me olhava com o sorriso atrevido de um menino que acaba de descobrir a cor das cuecas da professora. Vai daí, chupei intensamente a polpa do dedo e retirei-o da boca com o estalido de um beijo. Ele veio direito a mim, beijou profundamente a minha língua a saber a papéis de música e arrastou-me para a casa de banho, balançando-se contra mim, frente ao espelho do lavatório, de modo que tirei a t-shirt, despi-o enquanto ele se descalçava e puxei-o colado às minhas costas para debaixo do duche quente.
E os bilhetes, São!?... Pois eram para o Sporting-Benfica, um clássico que o clube dele não disputava na sua amada catedralzinha mas na casa-de-banho, como ele me costuma dizer.