15 março 2005

(Sigo a tua indicação, São, e aí vai a ressaca)


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A mim, o que me deixa mesmo fodida, é encontrar no meu caminho, o mesmo será dizer entre as minhas pernas, que aí se fazem todos os meus caminhos, fulanos que, dizendo-se muito liberais e abertos e dispostos a tudo e com a mania de que as mulheres é que se recusam a certas práticas, na hora da verdade se acobardam, se enojam, se retraem.
Parece estar tudo muito bem até ao momento em que certas ideias surgem. Parece que, para esses fulanos, variar é uma vez um por cima, outra vez outro. Ora, puta que os pariu, que quando me aparecem à frente a vontade que tenho é picá-los ainda mais e propôr-lhes que comam a minha merda (é que esses, normalmente, pertencem ao grupo dos que gosta de me foder o cu e ver-me fazer-lhes um broche logo de seguida, mas são incapazes de me beijar a boca a seguir).
É remédio santo para os pôr logo noutro caminho, aquele que leva para longe da minha porta e da minha cona, que é a mesma coisa.
O preconceito, mesmo nos que se vangloriam de ser muito abertos a experimentações, leva-os a traçar limites onde começa o que lhes é desconhecido. Nem toda a gente tem de gostar de tudo, obviamente. Eu própria, enfim, deve haver coisas de que não gosto (só não me lembro agora). E isso não quer dizer que sejamos preconceituosos. Mas, por exemplo, recusar um minete porque se está com o período, não me parece muito inteligente. Não tem de se enfiar o queixo numa poça de sangue, basta que a língua se passeie pelo clítoris e aí não há sangue. O mesmo vale para as meninas.
Afinal, qual é a efectiva diferença entre sangue menstrual na boca dele e esperma na boca dela?

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