15 março 2005

Ponto T




Naquele preciso tempo
Em que és um mar picado
Brisa sobre uma duna plácida
E arco-íris de pele marejado

Nessa hora de assombramento
Em que decantas ternuras
E de portas escancaradas
És o meu castelo de aventuras

Naquele exacto momento
Em que és tela de notas cálidas
Concerto de fibras exaltado
E corpo em grito desatado

A esse tempo, a essa hora certa
Em que moras num gozo suspenso
E rediges um desejo imenso
Que o meu corpo revê
Eu chamo o teu ponto T.

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