Oh Manela, as salas de chat são lugares de engate onde se aplica a clássica técnica do 1-2-3: um, chat; dois, café; três, cama. Às vezes, há uma passagem pelo MSN, tipo alínea um ponto um, para averiguar as medidas e tamanhos envolvidos na questão, através do texto e da imagem.
E contudo o que nele me atraiu Manela, foi exactamente a subversão desses valores instituídos. Mesmo naquele chat tacanho, ele argumentava e ainda por cima, com sentido de humor. A cumplicidade começou quando combinámos na janelinha privada continuar a moer o juízo a uma figurinha conservadora que por lá tinha aportado. Fazes frito, eu faço cozido e vamos a ela!...
Ele deu-me o número de telemóvel com a indicação «Para usar em caso de necessidade» e eu respondi em formato sms que estava a precisar de serviço de reanimação desde que dispusessem de equipamento para o efeito. Depois, Manela, ele ligou-me logo no dia seguinte, para me dar os cabeçalhos do jornal diário e disparar «Sabes que vamos acabar na cama, não sabes?...». Obviamente, era a única resposta possível, Manela!...
Da primeira vez que nos encontrámos reconhecemo-nos pela sua matrícula TX, de Tarado Xequechual e foi um prazer ver uns cabelos compridos atados num nagalho, acompanhados de umas jeans que lhe adubavam o rabo e a protuberância junto do fecho éclair. Mergulhámos um no outro como se a manette das mudanças não existisse entre os dois assentos.
Fomos aprofundando os conhecimentos das nossas assimetrias e eu deixava sempre escorregar os meu dedos da base dos seus testículos para trás e voltava pelo mesmo caminho, continuamente, até ouvir o seu suspiro. Até ao dia Manela em que o meu indicador decidiu perfurar por ali adiante, gerando-lhe sons guturais que lhe gazeavam a face. Depois Manela, enquanto nos calçávamos, ele decretou que nada daquilo tinha acontecido e o meu espanto fodido proclamou, em edital, boa noite e um queijo!
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Uma por dia tira a azia