04 maio 2005
Quem fala?
-Estás onde?
-Estou num almoço com colegas. Coisa chata, respondeu ele falando baixinho.
-Estou deitada. Pensava em ti. Pensava em nós.
Não desligues.
Quero falar-te assim baixinho. Ao ouvido. Ninguém vai perceber.
Queres saber o que estou a fazer agora?
-Psiuu… Não respondas. Não digas nada.
Tenho a mão no pescoço, perto da orelha, onde ontem brincaste e enrolaste a língua. Acaricio o pescoço lentamente, só com a ponta dos dedos.
Agora, toco o peito. Um dedo no meio dos seios. Um dedo só.
Contorno-os. Rodeio-os com as mãos.
Toco e sopeso-os por baixo como tu gostas, apertando ao mesmo tempo o mamilo. Imagino a tua voz perguntar: Gostas?
Desço no meu corpo.
Deixa-me ouvir-te respirar. Isso...
Respira no meu ouvido. Não digas nada.
Desço no corpo. Brinco com o umbigo. Aqui, ontem, deste uma dentada leve, lembras-te?
Desço mais meu amor?
Abro as pernas. Só um pouco.
Pus-me de lado.
Tenho uma perna estendida, a outra meio dobrada.
Acaricio as coxas, a mão apertando a carne…
Como te quero.
Como te queria aqui agora meu amor.
Lentamente aproximo a mão do meu sexo. Toco-o.
Desculpa se não ouves muito bem, agora é difícil falar. Ouve-me só.
Ouve como suspiro e anseio por ti e imagina...
...
Vou tomar um banho e esperar-te.
Bom almoço meu amor.
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Uma por dia tira a azia