Oh São, reencontrá-lo passados dez anos foi uma festa que o sorriso aberto dele não deixava ser outra coisa. Tantas horas de confidências, a meter componentes electrónicos em plaquinhas, voltavam como se fosse ontem.
Longe estavam os tempos em que o pai cauteleiro vinha sempre para casa maduro como um cacho e a mãe que ganhava o sustento em trabalhos domésticos, se acotovelavam com os seis filhos. As duas irmãs dormiam com os pais para não haver misturas. No outro quarto, os rapazes mantinham as praxes dos mais velhos mostrarem aos mais novos o sentido da vida, pelo lado biológico, contentando-se ele por só ter dois irmãos mais velhos e ainda haver um mais novo. Assim como assim, na situação de comboio, não era ele a locomotiva. Com o tempo, passou a apreciar aquela penetração a cuspo com os dedos cravados nas nalgas, a um ponto que até se lhe alçava o membro e não tinha remédio senão sacar da mãozinha até os dedos ficarem pegajosos. E assim passou a aventurar-se no circuito nocturno tradicional das casas de banho das estações de comboio, jardins de Belém, Príncipe Real e cimo do Parque Eduardo VII.
Agora São, é um gosto ver como ele se sente bem. Tinha levado o namorado, com quem coabita há dois anos, a casa dos pais e eles receberam-nos.
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Uma por dia tira a azia