25 setembro 2010

Perversa


[ao Jota]

Perversas as frases escritas em mim, nas queimadas do meu acaso, nas fúrias das minhas raízes sexuais, primárias, onde os incêndios são vida, flamejante, e em mim se ateiam... nos ateiam... te ateiam... no nu, no poema, que geme e oculta a seiva, que dentro em mim, boceja no calor dos laços negros atados.
Deitada no teu dia a púbis, lateja. Pelos versos, os órgãos em silêncio, onde a carne se distrai vinda de um ponto fogoso. Intensa, com os seus grande dedos. No perder desfavorecido de inocentes, segredos.
Num sorriso te abres, mudo e inebriado, ditoso, perplexo, horizontal. Firme. Imperativo. Caças-me nos quadris húmidos, volumosos, ferozmente, com a tua, nua, flecha alta.
Dói-me o ar fresco, a cada afastamento, arde-me cada voo teu, incerto e fugaz, dento das minhas poesias. O ribombar, a violência,a leveza... e a brancura é ameaçada a cada vergada. Perversa, na paixão devorante, tão forte, tão pura, tão viva, no meu vibrante fôlego, mão a mão, boca a boca, nos raios de um orgasmo, que te ceifam o caule,

onde o pau perde o ouro, duro!

[Blog Vermelho Canalha]

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