11 dezembro 2009

Pelo sim, pelo não, falo de pila

Reparei, durante a minha vista de olhos pelas últimas postas publicadas, que voltei a entrar num daqueles períodos em que me disperso por temas de caca, coisas sem interesse algum para a maioria dos visitantes de blogues sem rumo temático como o Charquinho.
E por isso resolvi hoje retomar os temas verdadeiramente importantes para a esmagadora maioria de nós, as coisas que mexem com o dia a dia das pessoas. Sim, vou falar de pila e das questões que lhe estão associadas (sim, eu sei quais são as questões que lhe estão associadas mas não gosto da palavra testículos).
Começo por esclarecer que o meu interesse na matéria não incide na óptica do utilizador. Ou melhor, de usufrutuário de outras pilas que não a minha. Isto só para separar as águas para melhor entendimento do sentido das minhas palavras, para facilitar a leitura e assim.
Esse interesse a que faço alusão prende-se com o arquétipo da pila perfeita que conseguimos esboçar a partir de uma análise atenta dos desabafos, elogios, críticas e até louvores que proliferam por essa net e pelas mesas de café do lado por esse país fora.
É fascinante a diversidade de opiniões acerca desse tema, embora seja igualmente óbvia a relativa ausência de controvérsia no que concerne ao padrão da melhor pila para cumprir outra função que não a de fazer chichi.
Das conclusões fáceis de retirar mesmo a partir de uma observação (ou de uma audição indiscreta como quem não quer a coisa) inclui-se a de que o mito masculino do tamanho, esse incontornável critério de avaliação, não é documento. É consensual entre os/as apreciadores/as do membro em apreço que os extremos não atraem, sendo que demasiado pequeno sabe a pouco e demasiado grande é ter mais olhos que barriga (chamemos-lhe assim). Ainda assim, excepção feita a quem por esta ou aquela razão possui apetência pelo exagero, é clara a opção pelo nem bem nem mal passados e dentro deste segmento existe uma inclinação pela classe média/alta em detrimento das pilas remediadas ou assim-assim. Aquela do pequenino mas trabalhador não cola...
Quer isto dizer que o tamanho, não sendo documento, possui alguma relevância enquanto factor de distinção embora não constitua factor eliminatório.
A inclinação para o segmento mais abastado não possui referências frequentes à inclinação propriamente dita. Ou seja, tanto faz a tendência ideológica de esquerda ou de direita embora o ícone mais popular aponte de caras para o centro.
De resto, a política não parece interferir tanto nos critérios de definição da pila ideal como o respectivo estatuto sócio-económico como o defino no parágrafo anterior.
No entanto, é inevitável regressar à sensível questão das dimensões para abordar o diâmetro enquanto argumento. E nesse aspecto há que salientar uma preferência maioritária (com excepções à regra em função do destino a explorar) pela largueza. Curta ainda vá, mas diametralmente generosa para compensar.
Fui surpreendido, talvez pela combinação de cromossomas que me influencia o raciocínio, pela escassez de alusões às tais questões acessórias ou associadas.
De facto, a uma pila perfeita não parece estar necessariamente ligado um conjunto específico (ou especificado) de acessórios de origem. É a regra dotanto faz, tamanha a irrelevância do(s) pormenor(es). Desde que lá estejam e cumpram cabalmente a sua função até podem ser quadrados que ninguém parece reparar por aí além.
Finalmente, e para não tornar demasiado extensa esta desinteressada análise ao tema, resta-me citar os únicos aspectos onde a unanimidade é um dado adquirido: pila perfeita, qualquer que seja o segmento em que encaixe, tem que ser sólida (nas convicções, presumo eu), capaz de enfrentar desafios prolongados tanto na óptica da velocidade como da resistência sem vergar ao peso da responsabilidade ou outro.
E acima de tudo, de acordo com os elementos obtidos (que eu disso não percebo nada), a pila perfeita tem que reflectir no desempenho aquilo que se espera por parte do resto que traga agarrado.

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