22 fevereiro 2005
A espera
As mãos pousadas na mesa atrás de si.
Batia um pé impaciente, marcando o ritmo da espera.
Sabia que ele estava a chegar.
O corpo antecipava o acto de ver.
No corpo sentia a chegada. A certeza da chegada na ansiedade que sentia.
Encaminhou-se para a porta no momento exacto em que ele a abria.
Tirou-lhe a mala da mão.
Empurrando-o contra a porta, fechou-a.
Colou-se ao corpo dele. Com uma perna abriu as dele.
Com uma mão tocou-lhe o sexo por cima das calças, a outra prendia-o entre o corpo e a porta.
Sentiu o sexo dele expectante, ansioso também.
Ouviam os passos, as vozes que passavam do outro lado da porta.
Comprimiu as ancas contra as dele.
Apertou-lhe as nádegas, puxou-o para si.
Olhou-o:
-Despe-te. Tenho fome.
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Uma por dia tira a azia