21 fevereiro 2005
A palavra é minha quando escrevo
Nunca sou tão livre como quando escrevo
Quando pego nas palavras nascem-me asas
Crescem-me garras
E caminho em liberdade
Sem limites para os passos
Sem rumo nem direcção
E não há obstáculos, barreiras
Se não há caminhos não há fronteiras
Que me travem, que me barrem
Porque a palavra é minha quando escrevo.
Se a quero terna, sou amante
Se a quero arma, sou guerreira
Faço amor ou revolução.
Nunca sou tão livre como quando escrevo
Como quando abro as asas
Como quando cravo as garras.
O OrCa adora oder:
E a palavra sou eu
No argumento que faço
Voo livre até ao céu
Sou ave no teu regaço
Sou o beijo que te dou
Sou o aço que trespassa
O sentido de viver
Que em cada palavra passa
Mas nunca sobram palavras
No meu voo de miragens
Para te ter em palavras
Daquelas que quero ser
Sobra-me apenas o meu
Desejo de te entender
Na palavra em que te fazes
Que me transporta em viagens
De palavras de prazer.
Com a minha 'chapelada' à Encandescente, outra vez, pelo belíssimo e forte poema!
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