12 fevereiro 2005

Odes no brejo - Olho...

Pelo rabinho do olho
Olho e quase me descaio
Reparando no soslaio
Esse olhar teu que recolho
Penugento o teu desmaio
Colhes do chão o engodo
Inclinando o corpo todo
Sabendo que por ti caio

Dás-me o olhinho do rabo
Pelo rabinho do olho...

OrCa

O Anjo Élico anda sempre de olho e ode qualquer rabinho:

Olhindo
de lindo olho, que olho quando te vejo
beijo de olhar roubado
depositado no teu rabelhindo,
lindo rabo em que me fecho
enquanto beijo o teu olhar
dentro do olho
me deixo
ficar


O OrCa ode ao abrigo do direito de ripostar:

Um Orca de vibrador
Sob olhar onanistélico?...
Vade retro em tal remanso
Que o Orca
Até com dor
Prefere um sim-senhor
Ao natural e famélico...
Pois já nos vem do saber
Popular e aristotélico
Que no retro é um descanso!...


A Titas não nos ode mas dá-nos cu(ltura):
Jesus foi às meninas, incógnito.
Diz-lhe a puta:
- Não sei quem és, mas fodes como un Dio! (a anedota foi-me contada em italiano)
Assim é o OrCa. Não sei quem seja, mas ode como um Deus!
E, por falar em italiano, é engraçado o OrCa falar em sim-senhor. «Sì signore»(*) é como os habitantes de Bolonha chamam ao «pompino»(*)... o «blow job»(*) de que aqui se fala...
(*) a Titas quer dizer «broche» [nota da Editora]

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