Mas, diz-me, se com uma mão eu segurar a lógica e com a outra segurar a razão, com que mão te hei-de segurar?
Esta é a verdade que guardo em mim, eu só tenho duas mãos; agarro-te nas palavras e não te sei puxar. Poderia escrever-te infinitas linhas, recordar-te todos os passos do Universo e explicar-te todas as realidades que não são únicas, poderia dizer-te que tudo já foi dito, tudo já foi marcado, posso recompor-te a lógica e a razão em pequenas decepções, poderia desenhar-te o tempo irremediavelmente escondido dentro do cubo mágico; mas até as linhas se enrolam, até as realidades falam, até as palavras inventam, até a lógica e a razão sabem o teu nome, até o cubo tem várias cores, por isso não utilizarei mais metáforas, afinal nem sei porque as chamei aqui; digo-te apenas: - usa as tuas - e espero que entendas, consciente do significado de todas as coisas, que é contigo que falo.
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Uma por dia tira a azia