Se de um filme se tratasse, seria um épico... Se fosse uma música, intemporal... Se fosse uma coisa seria perfeita... ou quase, eventualmente perpetuando, possa brilhar...
Senhora. Não será uma menina, mas quem um dia já o foi e cercou a doçura e a segurança... o equilíbrio inebriante. E a dose certa de loucura. A sombra une-se e o fantasma dita as regras sobre dois corpos enamorados à Lua, com as suas almas sobrevoando o espaço. Não é amor. Mas é paixão. É a paixão que em uníssono uivou naquela noite que iniciou a jornada com timidez para terminar em apogeu.
Senhora. De si, do tempo e do espaço. Impérvia criatura de fundo, de coração inabordável e sentidos escolhidos, por si, para si, e para apenas os poucos lobos que saibam à Lua uivar. Que saibam a cor do vento, a cor do brilho da sombra unida.
Senhora cujos compromissos outrora fixados, assumem a forma de cinzento porque a cor confinou no exíguo espaço entre os dois corpos enroscados.
Senhora. De experiência assinalada nas linhas das mãos, delineada no rosto ora singelo, ora absoluto.
Senhora de chave em punho, que desaperta armaduras no colo da noite sentido os pêlos deixando espaço à viagem do fundo.
Senhora que vê sem olhos, sente sem mãos, ouve sem ouvidos e ritma a dança ao som da paixão.
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