Telefonei para ti e ouvi a tua voz rouca de mulher vivida a contrastar com os sentimentos que emanavas. As tuas palavras escolhidas, de profissional, filtrei-as porque sim, porque assim o desejei e assim o quis ouvir. Talvez porque preferi outra forma, já que o conteúdo era bonito, transmitindo desejo e emoção. Ou era bonito porque o transformei, adulterando a mensagem que tens gravada e pronta, para aquilo que queria ouvir…? Não estou a falar contigo. Podes rever-te nesta prosa mas não estou definitivamente a falar para ti. Este é um sentimento sem partilha, incontrolável e pessoal. Só interessa que te liguei e falei contigo, conseguindo o meu momento, e chega ficar na ilusão de que estavas a falar comigo e não para mim. Não estou a falar contigo… estou apenas a conversar comigo.
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Uma por dia tira a azia