05 outubro 2010

Saltos altos

É conhecida (pelo menos dos meus vizinhos de baixo) a minha perdição por sapatos (e botas e ténis e chinelos), sobretudo de salto alto.
Mas, depois de dois meses a pisar o mundo de havaianas e sandálias rasas, e após um período de transição para as sandálias altas (em que, ok, a planta do pé, macia de muita esfoliação no areal, se ressente, mas nada de insuportável, porque os dedos continuam ao léu), não foi muito inteligente da minha parte dar (literalmente) o (ou muitos) passo seguinte, para os sapatos fechados, de doze vertiginosos centímetros, num dia em que tinha nove horas de aulas. Menos perspicaz ainda foi calçar meias de vidro: o pezinho de Cinderela (a minha pedicura é que diz, não sou eu!) passou o dia a chinelar (experimentem chinelar nuns saltos de 12 cm de altura e meio de base) e os dedinhos anteriormente arejados são dez nódoas negras. Não estão negros mas sinto-os como se estivessem.
E nem me venham com a conversa do por-que-é-que-não-usas-sabrinas, que não colhe.
Colherá amanhã, mas por motivos de força maior.
Na quinta, volto ao metro e oitenta e qualquer coisa e não se fala mais nisso.
Ai.

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